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Dor na Relação

  • Foto do escritor: Dra. Gislaine Bonete
    Dra. Gislaine Bonete
  • 3 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de out. de 2021

Há várias causas da dor na relação, dentre elas, a tensão nos músculos do períneo é uma das mais comuns. Essa tensão pode ser comparada a tensão que sentimos na região do pescoço, quando ficamos muito tempo na frente do computador, por exemplo. O músculo fica contraído e a região dolorida. Isso acontece com os músculos do períneo também. E a principal queixa é a dificuldade para relaxar no momento da penetração vaginal, seja na relação sexual ou para um exame ginecológico.



Geralmente a dor é em queimação ou pontada, e pode acontecer logo na entrada no canal vaginal ou mais profunda. É uma dor e uma tensão incontrolável, a mulher tenta relaxar, mas o músculo simplesmente não responde e se mantém tensionado. Associado à isso, há também o desenvolvimento de ansiedade e medo da penetração.

Algumas mulheres podem ter tanta tensão muscular a ponto de não conseguir permitir a pernetração vaginal, casos que chamamos de vaginismo. Já outras, podem conseguir a penetração, mas sentem dor, o que chamamos de dispareunia. E há um terceiro tipo de dor que é chamado de vulvodínia, na qual a dor também é presente na região fora da vagina, ou seja, na vulva. Essa dor pode aparecer após algunas gatilhos, como usar uma roupa mais apertada, ficar muito tempo sentada ou andar de bicicleta, por exemplo, ou pode ser uma dor constante.


Na Fisioterapia nós utilizamos técnicas que reprogramam essa musculatura para que a mulher consiga recuperar o controle sobre ela, aprendendo a relaxar. Além disso, há diversos recursos para diminuir a dor, a tensão e a sensação de ardência durante a penetração, como massagem perineal, liberação miofascial, laser, eletroestimulação, calor, vibração, dilatadores vaginais, alongamento e mobilidade.


A Fisioterapia é a primeira linha de tratamento indicada para a dor na relação. Se a causa da dor for tensão muscular, usar lubrificante, fazer somente acompanhamento psicológico ou tentar relaxar sozinha, forçando a penetração, não vai resolver. Precisamos de uma abordagem multidisciplinar: ginecologista, fisioterapeuta, psicólogo/sexólogo.




 
 
 

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